Dentro da noite todo o mistério da vida
Manifesto por bocas limpas de luar:
As fases da lua, o eclipse, o nada.
E tudo confluindo em orgias seculares
Sobre os corpos nus bestializados pela carne
O nó do ser no corpo desnudado entre a paz celeste.
E tudo se fazendo ócio quando o labor era vital.
Este ócio que manifesta o fazer artístico
Metamorfoseando o poeta dentro de seu casulo-carne
Para que depois seja manifesto todo amor
Em forma de poesia nunca publicável
Faz da ínfima centelha rutilante um todo sorriso garboso
Do pobre ente que tanto ama, mas ao fundo do abismo
Despeja o choro de desamor, tornando a amar infinitamente.
(16/01/2016 – Ijuí)