segunda-feira, 25 de abril de 2016

Por ela













Não só à noite que se consolidam sonhos,
mas dentro do peito quando amamos.

Temer a vida em seu maior encanto,
amar e ser amado são o meu dano.
E do amar a ela pela sua eloquência
e evidência de amor, posso ser eu,
passo a ser o maior segredo da vida.

Não só à noite que se consolidam sonhos,
mas em mim, que agora posso sonhar
por ter na vida descoberto o puro amor.
E agora podendo rutilar na escura noite
com o misto de sonho, realidade e euforia
exatos da inexatidão das lágrimas de alegria.


(21/04/2016 – Ijuí)

sábado, 23 de abril de 2016

Plenitude do amor














Pretensiosamente te chamo minha
por esta empreitada em que meu peito clama.
Amor se fazendo em meio às linhas
que o fogo ardente da paixão se aplica.

Pretensiosamente te chamo agora
porque outrora o amor em mim estava ausente
e de amar solene, abertamente
posso agora dizer que em mim tu trazes vida.

Pretensiosamente digo que sou teu,
não somente por meu amor, mas por ti
que me tornas o que sou quando contigo
o que eu deveria ser com todas as gentes.

Pretensiosamente digo agora
que no amor que a ti tenho empenhado
sou livre das amarras do tempo
te amo porque te amo, assim estando completo.

Pretensiosamente digo que te amo,
porque enfim sou eterno neste amor.
Pretensiosamente digo que te amo,
sim, eu te amo, na eternidade do amor.


(20/04/2016 – Ijuí)

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Vida à pedra II














Uma terna lira posta
sobre minhas mãos calosas;
de calos das lidas. Rosas
que, de espinhos, são compostas.

Do alto das nuvens, chove
a chuva que, desta seca,
comove a população,
sendo a sede agora escassa.

Mãos calosas e com sulcos
que, no pedregulho, fazem:
espargir da pedra sangue,
gemer a terra e o vento.

Meses de contentamento;
riqueza hídrica posta
à ebulição constante
da efusão de alegrias.

Meses de contentamento;
na fartura, acolhimento.
Eu canto ao som da lira,
sem saudade, o velho peso.


(12/02/2015 – Ijuí)