Uma terna lira
posta
sobre
minhas mãos calosas;
de calos
das lidas. Rosas
que, de
espinhos, são compostas.
Do alto das
nuvens, chove
a chuva que,
desta seca,
comove a
população,
sendo a
sede agora escassa.
Mãos
calosas e com sulcos
que, no
pedregulho, fazem:
espargir da
pedra sangue,
gemer a
terra e o vento.
Meses de
contentamento;
riqueza
hídrica posta
à ebulição
constante
da efusão de
alegrias.
Meses de
contentamento;
na fartura,
acolhimento.
Eu canto ao
som da lira,
sem
saudade, o velho peso.
(12/02/2015
– Ijuí)
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