segunda-feira, 14 de março de 2016

Vida à pedra I













É como o nada, nadando.
O nada em comparação
à morte abrupta, é ação
entre dois meios agudos.

Nadando vai-se o nada
na correnteza arriscada
da mão ríspida e terrena
que hoje assistiu da pedra

a seca e rude lição.
Da vida, trabalho e chão;
da pedra, negar o não.
Sem forças mais, assim são

as forças mais, sol a sol.
Derretendo a vida ali,
solidificando, à noite,
forças que tanto exauriu.

Não saciamos a fome
para noutro dia termos,
(do trabalho, ainda mais fome),
guardado aos filhos, comer.


(28/01/2015 – Ijuí)