Antes desconhecido,
do que um grande imitador
repleto de
vazios profanando a verdade.
Ao cabo de
que minha vida busca o Outro Lado,
aquele
decantado que habita o infinito.
E o meu
labor se fazendo ócio
sem ter
mais, buscando àquele Outro:
nada tendo
para mim mesmo, o estado
de
putrefação espiritual, crosta e ferida.
Sei mesmo
que o amor estanque não move a alma,
incinera o
coito despótico, mesmo estando em épocas de Carnaval,
e a tiragem
inúmera de malfadados volumes
bem sabendo
que não venderá um terço da tiragem original.
Mas cabe a
mim outra ramagem?
Estar sendo
observado por alguém outro
que habita
outra pastagem, o invisível do entremeio.
Sei que ele
tem morada no Outro Lado
e tem se
deformado por ideias quais nunca explicarei,
mas a
cantiga roda o mundo material, e nunca saberei se por ventura
poderia ter
cantado àquele Outro
com a voz
de dentro, enlouquecendo o mundo cá fora.
E a
maquilagem lunar, rarefeita,
sem termos
tempo para o futuro que promete
e ter maior
apreço pelo presente, o agora,
sem nunca termos
nadado à outra margem
e sermos
amaldiçoados por não termos buscado o Outro Lado
talvez na
paz do corpo inerte, ou no copular ardente do escarlate.
(Sem Data)