Como se eu
mesmo me desconhecesse
E no
entremeio de um ato cavoucado e rude
Descobrisse
o brilho da voz, libertária
Dentro de
mim, que era nada, que era o todo sem nada.
E mesmo que
eu continue labutando
Dissipando
o som de meu peito acorrentado
Pudesse ouvir
o som da voz que tanto chama
O sem nome,
o disforme, o incomunicável
Eu mesmo
tomaria por minha infelicidade
Cavaria o
foço, despejaria o líquido e os répteis.
Nadaria o
mar de mim, em ti que nada tens
E eu me
tornaria voz e luz mesmo quando
Faz-se, do
vozerio e luminosidade, silêncio e trevas.
(09/02/2016
– Ijuí)
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