quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Ato












Sob a luz do astro em um rosto
Singelo se faz humano e redimido
Com o corpo, com a força que nos faz
Sermos e termos a essência primitiva
Do sangue, em se fazendo o sumo.

Árvores negras ao nascer do dia
Voz de rouquidão terrena quando
O toque de ser humano; celeste
Se faz o momento ao observar
Arbustos ensanguentados ao anoitecer.

O verde da relva que cresce debaixo
De nossos pés é o mesmo verde
Que existe na inexistente alma
Do homem que mata, mista de cores
Amanhecidas na porta da jaula
Em que habitará o corpo posto
Antes do amanhecer no necrotério.


(26/12/2017 – Ijuí)

Nenhum comentário:

Postar um comentário