São marcas
da vida e de amor
em minhas
lascas, couraça humana,
candura
temporária de tempero e hortaliças.
As marcas
de dentadas, com resquícios de sangue
escarlate,
ora vertia ouro líquido:
agora é
apenas piche o que outrora
ardia lava
incandescida em minhas veias.
E do
terreno vertiginoso,
ao alto da
montanha branca,
a neve
derretendo por sob meus pés:
nada poderá
fazê-la congelar em meu corpo
jubiloso,
tenro, sumarento.
Além dos
canaviais do nordeste,
às
plantações de trigo, ali pelo sul:
sou todo
arrepios doentios.
Pois, tendo
tudo isso em mim estado,
nunca
gritei angústias malfadadas.
Agora
arranco meus cabelos rarefeitos
para despir
meu corpo nessas verdades.
(25/06/2014
– Ijuí)
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