Como trilho
o mundo?
Caminhando vou
ao meu fim
por me ver
no Amor em ato profano
de bendizer
o mal que há em mim.
Sem nada de
mais,
vou amando
e assim dilacerando a alma:
cabisbaixa,
irrequieta,
sangrenta.
Por ter do
Amor tirado o sumo:
este afinado
veneno do corpo humano;
e nada, nem
ninguém deporão contra mim
o ato
profano de um Amor visceral
por tê-lo
eu vivido outrora
negando minha
vida pela dela
e destruindo,
em mim, minha própria alma.
Diz-se
celeste esta podridão que habita a Terra!
A mão que
agora afaga, virá a atirar pedras;
se na
roseira há belezas: os espinhos também são dela;
e do Amor,
que tenho eu, senão ferida aberta?
Do Amor que
me cativa
é a Morte
certa nesta vida.
Nego o Amor.
Sempre o negarei para assumir a história
de estar
preso e sem ação
incendiando
ainda mais esta canção profana.
(05/07/2014
– São Paulo)
Pra contemplar com emoção todos esses poemas, bastar tem em si um pouco de sensibilidade! Parabéns por tanto sentimentos empregados nos teus versos..
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