À beira do Tejo vejo
Vejo à beira do Tejo
O perfilar de sonhos sumarentos
A movediça crença de abundantes
Forças correntezas mil movimentos
E quando em visita
Puder ver o semblante
Ou o vulto da aurora
Minha vida ao Tejo derramando
Saberei que quando ali estiveres
Depositarás o verídico lanceio
De um crepitar de folhas outonais
A virtude de um amor transcendental
Quando à beira do Tejo
Marcarmos o nosso reencontro
E mesmo que eu esteja mudado
E mesmo que tu estejas mudada
E mesmo que o tempo seja outro
À margem do Tejo nos amaremos
Sob a luz da lua em nossos corpos
Eternizados em momentos quais
Não mais exatos e sim perfeitos
Manifesto o poderio grandioso de um rio
De amores e verdades em nosso meio
Da América à Europa eu me proponho
À beira do Tejo meu amor inteiro
(12.IV.2017 – Ijuí)