sexta-feira, 14 de abril de 2017

À beira do Tejo


À beira do Tejo vejo
Vejo à beira do Tejo
O perfilar de sonhos sumarentos
A movediça crença de abundantes
Forças correntezas mil movimentos

E quando em visita
Puder ver o semblante
Ou o vulto da aurora
Minha vida ao Tejo derramando

Saberei que quando ali estiveres
Depositarás o verídico lanceio
De um crepitar de folhas outonais
A virtude de um amor transcendental
Quando à beira do Tejo
Marcarmos o nosso reencontro

E mesmo que eu esteja mudado
E mesmo que tu estejas mudada
E mesmo que o tempo seja outro

À margem do Tejo nos amaremos
Sob a luz da lua em nossos corpos
Eternizados em momentos quais
Não mais exatos e sim perfeitos

Manifesto o poderio grandioso de um rio
De amores e verdades em nosso meio
Da América à Europa eu me proponho
À beira do Tejo meu amor inteiro


(12.IV.2017 – Ijuí)

sábado, 8 de abril de 2017

Presente














Aliado à trégua momentânea
Sepultada a monada à existência

Por um último véu de suspiro
A vida se esvaiu em mil torrentes

Veio-me o sopro decadente
Mas ao teu semblante a vitória

Finalmente desfalecerei em paz
Por ter fitado com meus olhos

A santidade de tua tez clara
A tua voz de candura mais

Que em meus sonhos havia sonhado
E que agora concreta em meus ouvidos

Escutara. O infinito de um momento
Um tanto de nostálgico encantamento

Um tanto de vontade roubar-lhe
Um beijo sumarento. Sede do teu gosto

Paz no meu repouso. Ânsia de um devir
Que permanente faça de mim

O que nunca imaginara ser no meu amor
Em ti, em ti a mim hoje e sempre

(08.IV.2017 – Ijuí)