clamar o som
agouro de nosso tempo
a voz do vento
o gosto do encanto
e mesmo que ainda pensemos
que outrora a existência
em nosso meio
hoje somos o reflexo
em um espelho quebradiço
e completar a cor do viço
e suprimir a fome de dor
e suplantar em nós o som
serviremos ao mundo
o grande e solene mundo
a voz calada de uma geração
que tanto tenta gritar
mas o oco da voz faz da foz
um regato ressequido e vão
que tanto alimentara a alma
de incertezas e cru demonstra
que quando o Ser entra
na dança certamente fará
a bagunça eterna e libertária
de se poder dizer: eu ainda existo
(24.V.2017 – Ijuí)
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