Minh’alma
tem voz,
ela canta
com doçura; vocifera a agonia,
e, pela
última vez, cantará aos céus o seu lamento —
porém, não
é do meu sumo a tua aflição,
nem do meu
pranto a tua fina canção.
Cantai. Oh!
cantai, meu denso peito receoso,
minha pura
voz, constante e bela:
com mais
afã e menos glória;
serenidade da
alma em meio ao oceano
de vozes e
gritos do poente ao nascente.
Minh’alma
grita o pranto
de não ser,
então, mortal.
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