segunda-feira, 11 de agosto de 2014

MINH’ALMA

Minh’alma tem voz,
ela canta com doçura; vocifera a agonia,
e, pela última vez, cantará aos céus o seu lamento —

porém, não é do meu sumo a tua aflição,
nem do meu pranto a tua fina canção.

Cantai. Oh! cantai, meu denso peito receoso,

minha pura voz, constante e bela:
com mais afã e menos glória;
serenidade da alma em meio ao oceano
de vozes e gritos do poente ao nascente.

Minh’alma grita o pranto

de não ser, então, mortal.

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