domingo, 24 de julho de 2016

o que resta à vida















o que resta à vida senão o canto?
este canto que ninguém compôs
mas que as mãos do tempo teceram
o fino manto do tempo à vida, ao mundo
e estando mudo ao firmamento
aves multicores ao arrebol
não sinto medo, nem asco
sinto o amor se esvaindo ao surgir da noite
o sangue sem corpo
o assassínio sem cúmplice
a morte sem dano.


(24/07/2016 – Ijuí)

Nenhum comentário:

Postar um comentário