o que resta
à vida senão o canto?
este canto
que ninguém compôs
mas que as
mãos do tempo teceram
o fino
manto do tempo à vida, ao mundo
e estando
mudo ao firmamento
aves multicores
ao arrebol
não sinto
medo, nem asco
sinto o
amor se esvaindo ao surgir da noite
o sangue
sem corpo
o assassínio
sem cúmplice
a morte sem
dano.
(24/07/2016
– Ijuí)
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