quando
o som do primeiro sino eu ouvir:
perceberei,
em verdade, o verdadeiro som celestial.
e mesmo
que não cante, mais, o meu humano coração
a voz
que emana o peito, tão calado, não ouço
a voz
do canto celestial, o hino à alegria.
derradeiro
e perigoso o caminho é
da minha
sina. tempestades mil, ferozes lobos
sons
estridentes e monstros míticos
no caminho
estão. na minha busca infinita
pela
verdadeira voz, que nos emana o céu
que liberta
o corpo nosso, do véu
e alimenta
o peito nosso com néctar e ambrosia.
se o
caminho tombar-me pelo esforço
caminhando
não conseguirei por entre a selva
adentrar-me,
e o negro da noite, oceano profundo.
nada
me dizes o que aqui me segue, fiel amigo.
e na
tempestade enorme do meu peito ferido
não ouço
mais a voz do coração cativo.
arranco-o
do peito e o sangue jorra.
enterro-o
no vil terreno, podre
onde
os vermes primeiros do mundo
esse
coração podre devorarão.
despir-me-ei
a alma desse corpo nojento
por ter
cumprido em vida, meu propósito celestial.
(02/05/2013
– Santa Maria)
A ler, observo o quanto temos de sentidos aguçados para sons, imagens e detalhes de lugares. Alguns marcantes e puros como som de sino ou como a gargalhada alegre de qem amamos.
ResponderExcluirEm determinado tempo deixamos tudo isto num suspiro.... e temos a ideia como alento , acreditamos que o amanhâ e o que temos por vir será maior e mais fantástico!
Minha forma de ver o que tens nas entrelinhas do que escreve.
sucesso!
Admirador