domingo, 26 de maio de 2013

VERÔNICA


Sabes Verônica, que meu corpo é de suspiros
Poesia, desatinos. Meu corpo não é rocha dura.

Sabes Verônica, que antes de humano, sou poeta
E que antes de dizer uma palavra, eu sou a linguagem.
Mesmo que o tempo me corrija, mais tarde, além da vida
Serei eternamente um pensamento, a abstração da carne crua.

Onde o rubro sangue em minhas veias e artérias
O meu músculo fatigado em repouso eterno
Serei o teu completo amante enlouquecido
No amor em chama ardente, incandescida no meu peito.

A voz de um vento, que tomarei como rumo
Para dentro de ti, assim, eu te consumo, no completo absurdo
De um composto químico. No absurdo do humano.

(23/05/2013 – Santa Maria)

Um comentário:

  1. Poeta!
    Hoje lendo teus dois últmos poemas postados aqui:Faço uma referência a forma linda com que descreves os sentimentos mais profunos e que movimentam e dão sentindo a nossa vida.
    Parabéns ! Parabéns!
    Admirador

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