terça-feira, 17 de dezembro de 2013

CASOS PERDIDOS

Não cantarei ao léu, novamente, meus verdadeiros versos.
Cantarei a ti, amor, meus versos mais distintos e puros
E neles depositarei a minha simples vida de poeta e construtor
De sentidos e significados mais reais que a parede porosa dessa casa antiga.
Contigo, amor, retenho o verdadeiro cantar de alturas para poder sofrer
As juras de amor; e, para quem não ama, palavrões e nomes feios.

Que de nada o outono possa me tirar de um ano cheio de bravuras
Posto que também o inverno possa me tirar (ele refrigera a alma e congela os sentidos).
Tudo o que essas estações podem me tirar, chegando com presença gloriosa
Deter-me-ão aos meus sentidos perfilados em meus neurônios fatigados
A primavera e o verão, que além de sentimentos vivos e perfeitos
Me trarão alento e aconchego do calor dos dias, e das noites perfumadas.

Se do amor provar o sumo desses beijos repentinos, e souber que na noite
Tudo se esvai em orgias assassinas por putas e rameiras debaixo de um viaduto
Sei que em um dia amei a quem me estava presente, mas atenção eu retive quando a perdi.
E os de perto, assim, a eles nós retemos, mais até quando perdemos
E os casos perdidos de ausência e glória da partida anestesiada de sentidos e estações do ano
Vamos reter atenção quando mais ainda se espera o perdão de se dizer um idiota

Para naufragar no mar da solidão.

(17/12/2013 – Santa Maria)

Um comentário:

  1. Poeta!
    "Não cantarei ao léu, novamente, meus verdadeiros versos.
    Cantarei a ti, amor, meus versos mais distintos e puros
    E neles depositarei a minha simples vida de poeta e construtor
    De sentidos e significados mais reais que a parede porosa dessa casa antiga...!
    Poético,envolvente e lindo!
    Parabéns
    Admirador

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