Não cantarei ao léu, novamente,
meus verdadeiros versos.
Cantarei a ti, amor, meus versos
mais distintos e puros
E neles depositarei a minha simples
vida de poeta e construtor
De sentidos e significados mais
reais que a parede porosa dessa casa antiga.
Contigo, amor, retenho o verdadeiro
cantar de alturas para poder sofrer
As juras de amor; e, para quem não
ama, palavrões e nomes feios.
Que de nada o outono possa me tirar
de um ano cheio de bravuras
Posto que também o inverno possa me
tirar (ele refrigera a alma e congela os sentidos).
Tudo o que essas estações podem me
tirar, chegando com presença gloriosa
Deter-me-ão aos meus sentidos
perfilados em meus neurônios fatigados
A primavera e o verão, que além de
sentimentos vivos e perfeitos
Me trarão alento e aconchego do
calor dos dias, e das noites perfumadas.
Se do amor provar o sumo desses
beijos repentinos, e souber que na noite
Tudo se esvai em orgias assassinas
por putas e rameiras debaixo de um viaduto
Sei que em um dia amei a quem me
estava presente, mas atenção eu retive quando a perdi.
E os de perto, assim, a eles nós retemos,
mais até quando perdemos
E os casos perdidos de ausência e
glória da partida anestesiada de sentidos e estações do ano
Vamos reter atenção quando mais
ainda se espera o perdão de se dizer um idiota
Para naufragar no mar da solidão.
(17/12/2013 – Santa Maria)
Poeta!
ResponderExcluir"Não cantarei ao léu, novamente, meus verdadeiros versos.
Cantarei a ti, amor, meus versos mais distintos e puros
E neles depositarei a minha simples vida de poeta e construtor
De sentidos e significados mais reais que a parede porosa dessa casa antiga...!
Poético,envolvente e lindo!
Parabéns
Admirador