segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

NOVE NOITES

Nove noites, Claudia, esperei suspirando.
E nessas longas madrugadas velei teu leito
Dormi com os olhos abertos
Sem direção exata, Claudia, naufraguei sorrindo.

E nessas nove noites de burburinho com a solidão
Chorei rindo de desespero, de vácuo infinito.
Claudia, não sei maior amor do qual desperdiçaste
Amor, esse, redentor que pereceu em nove noites
Mal dormidas, mal assistidas, mal confiadas.

Nove noites, Claudia, esperei pelo teu nome
Pelo teu chamado noturno de carinho
Que nunca mais voltarei a ver, sentir.
E Claudia, tu sabes bem que do amor provamos
O fino licor. E nada de amor retemos

Nas nove noites que padeci sozinho.


(02/12/2013 – Santa Maria)

Um comentário:

  1. Poeta!
    Noites sozinho..uma eternidade....como vagar por ruas ou ruelas a buscar uma "Claudia' ou "Maria" não importa nomes...é um padecer!
    Incrível....
    Admirador

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