terça-feira, 13 de maio de 2014

NEUROSES

Manipulo meus neurônios retorcidos,
abdicados de seus afazeres para brincarem
sem ter o que reivindicarem na assembleia.

Meus pares abandonaram-me,

caí em desuso nessa humana ladradura:
cartilha cartilaginosa, eletrificada,
mitificada pelo inexplicável do órgão.

Meus pares hostilizam-me

nessa candura de momentos infinitos
que nunca caberão no átimo momento das sinapses,
mas que moverão o corpo todo

no transluzir do líquido cefalorraquidiano.


(13/05/2014 – Santa Maria)

Um comentário:

  1. Meu querido poeta, não estou no Brasil, mas tenho acompanhando seu trabalho maravilhoso.
    Pra mim, vc ja esta pronto para lançar seus livros.
    Parabens...esta maravilhoso.

    Bjus, helena
    Sua fã

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