A pura
chama do coração
de dor está
repleta.
Contudo a
vida continua
deserta.
Duras
penas, mais pesares,
a inaptidão
grudenta
da crua
aflição da vida
fermenta.
Mas o
coração batendo
com certa dor
pungente
bate mais descompassado,
demente.
E a dor de
estarmos nus
em estado
de aberração
cantamos a ardência
da vida:
aflição.
Então, o
poeta é um fingidor
que, mesmo
quando não sente,
usa, na
poesia, a dor
profundamente.
(23/03/2015
– Ijuí)
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