domingo, 17 de março de 2013

AMANHÃ, AMANHÃ


Uma sombra
Perseguia-me por todo o caminho que eu trilhava.
Era enorme e fria
Do pouco que eu sabia.

Uma sombra
Que aos poucos tomava meu caminho.
Tirava-me dos trilhos.
Descompunha-me a face.
Desorientava-me todo.
Era como um pulso frio (morto?) puxando-me
E jogando-me ao solo úmido.

Será?
Será, meu Deus, que eu estou morto?
Que essa sombra é, em partes, a minha cúmplice de um crime?
Será que essa sombra é a Morte que me acompanha?

Ai! se sombra cúmplice, que se vá.
Deixe que eu tome mais um café
Depois acerto as contas com os fatos.
Amanhã eu vejo e analiso
Se eu vou pra cadeia ou pro cemitério.
Enfim
Amanhã, amanhã!

(17/03/2013 – Ijuí)

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