Para
as vozes do mundo inspirado no subterrâneo cérebro de poesia.
Salve,
salve...
Para
as agruras vividas pelos poetas mortos, que sonharam um dia com a viscosidade
do amor.
Salve,
salve...
Para
todas as formas vivas de se dizer amigo, enterrado dentro da própria sala.
Salve,
Salve...
Para
todos aqueles que pediram perdão, mas que mesmo assim nunca foram perdoados,
pois a vida é dura, e a labuta diurna e noturna nunca foram o suficiente para
se viver confortavelmente.
Salve,
salve...
Para
os dons, os sons, e tudo aquilo que não faz mais diferença, mas que um dia fizeram
a vida ficar mais doce e que agora não fazem mais diferença.
Salve,
salve...
Para
as dores do mundo contemporâneo, perdido na fumaça das fábricas, envolvido no
lixo, mundo moribundo esse que vivemos.
Salve,
salve...
Para
a sanidade que muito precisamos, mas que no momento não possuímos.
(08/03/2013
– Ijuí)
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