Com a boca
fechada, assim
Uma varejeira,
mosca trincada
De se saber
um dia feito
Noutro dia o
descontente está ativo
E a morte
aberta no céu sem cor
Estando o mar
sedento pela água salobra.
Mesmo que
os fetos natimortos
Apodrecendo
o útero materno
Lacrimejando
os olhos dos visitantes
Maquinam a
maquilagem de um velório.
E nem por
isso não era eu.
Nem eu me
fazia, assim como tu fazias
E as
façanhas nubladas e congestionadas
As despudoradas
pombas estão mortas na beira do cordão.
E nele
também um ente mentiroso e raivoso
Que me
mordeu, passando-me essa vil doença
De nunca
aprender a dizer: “Eu te amo”.
(25/11/2013
– Santa Maria)
Poeta!
ResponderExcluirMe surpreende cada vez mais.Tuas expressões evoluindo ,amadurecendo trazendo um novo olhar sobre o ato de ler, escrever e sentir a poesia.
Admirável.
Admirador