Se tu dissesses,
assim, em meu ouvido
Que me
amas, eu deveria crer?
Deveria crer,
também, na sua voz melodiosa
Como o
regato tocando as pedras
Assim,
sibilante e mansa em meu ouvido
Que eu
deveria também amar-te?
Sou o sopro
de um átimo do momento agora.
Ouço sua
voz, mas em nada medito
Crio expectativas
desmesuradas de amores e mitos
Desses que
cantam os poetas.
Mas nada
sei de amores e mitologias
Sou apenas um
par de olhos suspenso no espaço
Para infinitamente
fitar, como quem observa
Porém nada
vê. Apenas aprecia a sensação
De estar
sendo à existência. Eu sou um mundo alheio.
(12/06/2015
– Ijuí)
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