Não posso correr o risco
De uma vida
completamente inútil.
Meu sopro
amargo de remorso
E negro
amor
É o
estampido abrupto
Da época de
colheita.
E se meus frutos forem amargos?
Agora canto por obrigação
Fazer de
minha vida uma canção lunar.
Resignado
peito é o que mais chora
Mas,
restituído, o amor é o que mais canta.
Portanto cantarei os matizes.
Minha vida
agora é gozo
Pois, um
dia, agudo fiz o teu.
De amor,
realmente, entremearei
O peito. E
na candura de uma cantiga
Verterei a
voz, na foz da existência humana.
(29/05/2015 — Ijuí)
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