Caminhante de
vereda estreita
Movediça e astuta
é a minha sina.
Maldita cavalgada
sob meu fígado.
O rubro
sangue, depois coagulado
Jorro de
pus; excreções vis de meus
Rins; acaso
de células cancerosas
E a morte
espreitando a minha cama
Como quem
vigia o lago, no escuro.
Caminhante
eu sou da vereda estreita
Mas, no
desvio, perco-me no bosque
Em que, cada
lobo e serpente, prendem-me
E apreendem
minha liberdade de homem
Para ser
liberto o meu instinto de animal.
Cada gota
de sangue derramada:
É uma
lágrima a ser chorada. Cada sumo
A ser
sorvido: é o fel da vida a ser bebido.
E depois da
surra levada pelas pedras
Ao leito do
rio a serem ouvidas
Deito nessa
cama de ferro, um leito
Mórbido de
hospital psiquiátrico
Por querer
lutar com os gigantes
E ser
derrotado pelos moinhos de vento.
(13/10/2013
– Ijuí)
Poeta!
ResponderExcluirEstar vagando e divagando pelas linhas e entre linhas da tua poesia é como descobrir novos horizontes a cada palavra em cada verso....Como Cervantes...
Parabéns!
Admirador