Não
quero. Não. Não quero um amor
Chorado
na solidão, na escuridão
Do meu
quarto. Preciso, sim, eu preciso
De algo
confortável e muito estável
Para
que na grandiosa noite eu derrame:
Urros,
gritos. Derrame o meu pranto.
Inevitável
é o choro, inevitável é a dor...
A solidão
é uma escolha, não uma saída.
Todos
nós sabemos que do amor (correspondido
Ou não)
nos restará a frieza e a incalculável
Tamanha
falta de companhia, perto ou longe
Úmida
ou seca... Não quero. Não. Não quero
Chorar
por algo que não terá mais fim
Sabendo
sempre que o sopro vem de mim
Sabendo
que a aurora trará sossego
E repentino
movimento: a constelação.
O meu
arrependimento e a minha felicidade.
Numa
manhã fria tu serás meu cobertor
Numa
manhã quente tu serás o meu vento
Numa
manhã escura tu serás a minha lua
Numa
manhã, apenas, tu serás a minha companheira
Mesmo
que não sintas o grande amor que eu sinto
A dor
será nula, pois na cama o corpo se entrega
Destrói
toda a trama, e nos consumimos
E nos
refazemos; simplesmente nos compomos
Com
rimas ricas e acordes complicados
Pois
em uma única noite, um sentimento
(Eu sei)
nunca foi tão grande e belo.
(01/01/2013
– Ijuí)
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