Cantinho
nosso. Uma vaga.
Preso:
contido nos teus olhos
Sou um
homem só; cativeiro
Escuro
e úmido. Proliferando
Bactérias;
sujeiras das minhas
Carnes
podres com tuas carnes
Podres.
Nossas carnes podres.
No
cantinho nosso sem vagas
Sou um
preso contido nos teus olhos
Maravilhas
do amor: estar com quem
Gosta
de estar contigo. Dois presos
Remetendo
correspondências
Construindo
um mundo
Sem cativeiros;
onde nós somos
Livres
dentro dos olhos um do outro.
Cantinho
nosso. Uma vaga.
Libertos
do claustro da paixão
Entregues
completamente ao amor
Um do
outro. Livres para dizer
Ouvir,
sonhar. Livres para amar
No
nosso cantinho. Com as
Vagas
completas. E nos amamos.
Completando
as vagas
Cumprindo
nosso dever de rever
E curar
as nossas carnes podres
Pois
do amor retemos vida.
A podridão
da carne assume
O
compromisso de ir, e já
A nova
carne está liberta
Para
na imensidão do amor e
Praticar
os dons de quem vive.
(17/01/2013
– Ijuí)
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