Se
Paula te recusas Pedro
Interfere-te
em ti mesmo.
Quando
o “Nunca” for tormento
O “Quando”
será o encantamento.
Abra-te
o corpo, figura igual
O avesso
das coisas é tão belo
Singular
maneio do Tempo
Legião
de espinhos em nossa volta
Nunca
contentes com o que temos
E muito
mais impuros e imperfeitos.
Se
Paula te recusas Pedro
Repense
o que fazes...
Se tua
forma de ser te deforma
Se tua
cama amaldiçoa o amanhã
Acorde.
Reconstrua a tua imagem.
Pense
que o hoje já passou e
Por futuro
está o nosso contentamento.
Se por
vontade somos impuros
Imperfeitos,
sempre fomos e seremos.
Na grandeza
dessa cama, Pedro
A extremidade
dessa moldura na parede
Deita-te
e reconstrua-te. Mesmo antes
Que o
Tempo seja tanto. Mesmo antes
Que
o agora seja o ontem. Mesmo...
Mesmo
que a paixão não arda
Mesmo
que a mão não empunhe
A alva
espada. Mesmo que o subir
De uma
escada seja simplesmente
Uma fratura
exposta rasgando a pele.
(10/01/2012
– Ijuí)
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