E nele
escondo minhas obrigações
Abraço
sentimentos. Concluo
Pedra
por pedra, e dentro delas
Como
oleiro, faço do barro: sofrimento.
Construo
o imenso prédio do meu ser
Com todas
as falhas humanas contidas
Em mim.
Nele desfruto o sabor
Da ignorância
líquida. Escondo nele
Todas
as frustrações pelas quais passei
Deixo
nele o que viverei. Deixo nele os amores.
Deixo
nele o sabor doce da vitoria.
Esse
prédio imenso do meu ser, construído
Por mãos
calosas. Tenho o direito de tirar
E de
pôr o que bem entender, pois, afinal
Sou oleiro
do meu destino. Marinheiro
Fiel
do meu barco a velas. Sou o cão guia
Do meu
futuro cego. Sou eu mesmo
Que na
dentição da noite, plantei-lhe
As sementes
e colhi os frutos maduros
Do hoje.
O amanhã nos pertence, e muito mais
Está
por vir. Basta-nos construir o imenso prédio
Do nosso
intimo, fabuloso e frutífero ser.
(21/01/2012
– Ijuí)
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