A
via vazia. O vazio. O granizo.
Todos
os sons evaporados
Meu peito
aberto. Minha mente
Suja
sentimentos. Abusa
Momentos
de prazer em total
Solidão
de corpo. A matéria
Some
de meus contatos.
A via
vazia de meus neurônios.
O vazio
azedo dos meus pensamentos.
O granizo
de dureza gelada.
O peito
aberto pedindo ao nada
O peito
aberto pedindo nada.
Muitos
dos bonecos sem cabeça
São marionetes
do destino
Lutando
cicatrizes, almejando
Uma coisa
intocada e sem valor
Ao mundo
dos humanos animados
Mas
uma coisa valiosíssima
Ao mundo
dos inanimados bonecos
Algo
que o mundo desconhece
Algo
que a natureza produziu
Algo
que o teor de açucares
Sobe
ao máximo. Algo que
O teor
do sabor é suculento
Encorpado.
Algo que a visão
Não pode
ver. Algo que o tato
Não pode
sentir e nem o paladar
Degustar.
Isso é a presença
A presença
de quem se ama
A presença
de quem é esperado.
Sofro
de lonjuras. Mal que encobre
E sacode
o que tem dentro.
Sofro
de lonjuras. E a falta abastece
O peito
meu, sofrendo e suplicando
Clamando
aos céus a tua volta: – Vem?
(19/01/2013
– Ijuí)
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