O Cemitério Judaico - Jacob Isaakszoon van Ruisdael |
No pequeno
fio vivo
de um átimo
de segundo
vi nascer
ali somente
já, um poema
moribundo.
Assim como uma
casa
é construído
em partes.
Com as
letras do alfabeto
vai se
montando as palavras,
mas e o
poema maior
já findo, é
vigoroso.
Tenho medo
destes, mesmo
que já vêm
emaranhados
na navalha
que, afiada,
passa a lâmina
na chaira
para assim
mais afiá-la
e ao verbo,
dissociá-lo.
No fio fino,
na lâmina:
este mestre
da palavra,
de sinas,
manias mais,
corta a
parte importante
fingindo ser
dor, aquela
que, na
vida, namorou,
mas do
poema a cortara
por não ter
a incumbência
de matar a
dor aguda,
nem fazê-la
uma doença.
A vida
deste poeta
é mesmo um
poema morto.
(18/01/2015
– Ijuí)
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