tateio o
corpo nu
deitado ao
meu lado
na
cama.
sem nada
para dizer:
paguei-a.
sem nada
para fazer depois:
beijei-a
novamente.
“quer mais
uma?”, perguntou-me ela.
“pode ser”
eu disse. vindo
toda essa
maneira
estranha
de sentir
desejo.
fui
tateando novamente o corpo
na meia luz
daquele
quarto
barato.
depois
daquilo
lembrei que
não teria
mais com o
que beber.
“foi muito
bom”, eu disse.
“quando
quiser de
novo
sabe onde
me achar”, ela respondeu.
eu sabia
mesmo é
que eu
teria que
trabalhar
mais duas
semanas
para ter o
que
comer.
(01/01/2015
– Ijuí)
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