Num
exercício poético,
no submundo
do seu campo,
o poeta
canta o canto
poético e
mui malvisto.
Canta uma
porosidade:
manta
asfáltica, a cidade.
Centro
urbano é corrosivo,
é o
adensar-se aí por dentro
e o
dissolver-se cá fora.
Que tanto
muda, poeta?
Adensa-se
no teu campo,
sê poeta
das coxilhas,
cante teus
campos bem verdes,
a mata
virgem, teu tempo,
teu bem
fazer. Não o adensar-se
que
adquiriste por vaidade.
“Estes
versos, Meus Senhores”,
(disse o
poeta vadio),
“são frutos
de ócio e de tédio,
que se
passaram no quarto
escuro de
um manicômio.”
(24/01/2015
– Ijuí)
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