ano,
e eu lembro:
estava
sozinho.
eu e
minha
máquina de escrever.
era tamanha
a melancolia
que nem
o porre que
eu
tomaria
mudaria
minha situação:
a solidão.
terminei de
retocar
um conto,
o último
conto do
ano,
as últimas
palavras
do ano
de um velho
bêbado.
o ponto
final.
olhei pela
janela
e
vi
movimento de automóveis
solitários
trafegando
nessa avenida; vi
os
canteiros
de flores.
poderia
chover nesta noite.
dei o ponto
final no conto,
rabisquei
um poema,
penteei o
cabelo
e
saí para
beber.
quem sabe
alguma puta
estaria por
lá
e
acalentaria minha noite
na virada
do ano.
um ano de
merda por outro
ano
de merda.
(31/12/2014
– Ijuí)
grande poema meu caro Mevius...
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