A matéria.
Mãe dos corpos e da minha carne
Que se
mantém viva nos rumores. Vem
Usa destas
palavras como travesseiro de pena.
Dorme
o sono de beleza. Banha de sangue
As minhas
carnes podres. A sonoridade
Do vazio.
O vácuo profundo do meu peito
Derramado
em teus ouvidos, faz-se agora
O instante.
Bata o ponto. Faça as horas.
Matéria
se te conheço bem, ontem lhe vi
Nua,
nadando os mares do meu cérebro
Fez
tudo que o compunha, maravilha.
O
gosto de lama da parede quando a beijo.
Fazemos norte quando o destino é sul.
Loucura
quando a nossa sorte é a sanidade.
Rebeldia
engatilhada dentro de um ponto
Branco.
A nossa mira e a nossa maresia
Enquanto
o nosso chão se desfaz.
Caminhamos
juntos, matéria, até onde
Os nossos
corpos nos levar. Se tivermos sangue.
(06/02/2013
– Ijuí)