domingo, 10 de fevereiro de 2013

NA TRAMA DA NOITE


NA TRAMA DA NOITE opaca em luar.
Na angústia infinita do passar do tempo:
Em horas, minutos eu conto as estrelas...
Nessa noite escura meu coração

Perdido na solidão: e nela nunca desejou estar.

Contra as formas abstratas e a dor
De ter-lhe em minhas mãos
E de minhas mãos lhe perder
Manuseio com agilidade a foice
Ao lembrar a serenidade que tinha
E que por essas lembranças
A ceifa em meu peito sem medo

Não tardo a passar.

Passando o tempo me espelho ao luar
Na esperança de que o negrume do céu terá:
A imagem refletida da Glória. O amanhecer:
Da morte em meu peito. Plantando a podre semente
Da dor que em mim habita
E que cedo cedo vingará.

(Marcelo Frota e Érico F. H. Zardin)

2 comentários:

  1. Ideológico... Misterioso...
    Mostra o oculto lado do homem, o que chora por dentro e insiste em sorrir por fora, pra alencar sua tristeza na irrealidade externa e aparente captura de se esconder na mascara da grande roda "HOMEM".
    Parabéns pelo texto, essa foi minha interpretação...
    Gostei muito

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