Não
nego!
Sim,
sou um artesão das palavras:
Belas,
imprecisas, preciosas pérolas.
O
brusco azul do céu.
A
cor refletida no mar.
Eu mergulho
Vou
fundo nesse azul como se o mundo fosse apenas estrelas.
E a
fome de usar.
E a
fome de manchar
O
rosto com esse sangue coagulado das tuas veias.
A formosura
de um poema:
Encabulado...
Deformado...
O
pardo
O
negro
O
branco
Todos
iguais sem pressa de existir.
A
fome de formar
De medir
distancias sem a chance de subir.
Somos
todos movidos por vontades que não se calculam:
Medindo
a força, o vento, medindo as árvores.
Perdemo-nos.
(21/02/2013
– São Paulo)
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