A
voz que eu matinha
Preza
Dentro
da garganta:
Sufocava-me,
mantinha-me, destruía-me.
E
soube, a voz, que a altura de meu corpo era ser
Que a
lonjura da noite era estar
Que o
maldito ar dos dias era viver.
Assim
eu soube andar
Nadar
a correnteza desse rio escuro e fundo
Voar
as marés aéreas, chão aquático, meio líquido.
Fazer-se
poeta em meio aos humanos.
Trinados
rígidos
Futura
cobertura, casca grossa, mãos perfumadas
Um
som de poesia dentro da alma
Gostos
puros do sumo das frutas maduras.
Somos
humanos
Apenas
com um pouco mais de sentimento.
(22/02/2013
– São Paulo)
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