sábado, 2 de fevereiro de 2013

AI! A DOR

Ai! A dor que me come o peito
A dor dos meus pulsos cordados
Meu peito partido; minha vida
Minha angústia engolida
Minha forma de olhar desgastada
A vontade de subir encoberta
O meu grito quieto de amargor.
Sentir vontade, mesmo com tal dor
Ouvir ruídos; passagem das lesmas
Uma folha; um fato; um anzol
Um óculo-escuro; uma foto.
A maçã polida para amanhã
A vermelhidão do rosto queimado
De sol. Ai! A dor que não queria sentir
A dor que me insiste em vir
A dor que nunca se irá
A dor de, mesmo assim, ser feliz.

(02/02/2013 – Ijuí)

Nenhum comentário:

Postar um comentário