A dor
dos meus pulsos cordados
Meu peito
partido; minha vida
Minha
angústia engolida
Minha
forma de olhar desgastada
A
vontade de subir encoberta
O meu
grito quieto de amargor.
Sentir
vontade, mesmo com tal dor
Ouvir
ruídos; passagem das lesmas
Uma folha;
um fato; um anzol
Um óculo-escuro;
uma foto.
A
maçã polida para amanhã
A vermelhidão
do rosto queimado
De sol.
Ai! A dor que não queria sentir
A dor
que me insiste em vir
A dor
que nunca se irá
A dor
de, mesmo assim, ser feliz.
(02/02/2013
– Ijuí)
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