O
som nefasto destas correntes que gemem
E
suplicam abrigo em meus pulsos
Sangrentos.
De ouvir o orvalho nas folhas
Figura
tranquilizadora, enquanto os vermes
Rastejam
em minha direção, imaginando
Que
a morte já havia me possuído.
Sei
que na noite fria, escura e remota
Pude
ver que a foice estreita ali estava
Junto
de sua mestra tão negra e seca.
E
que ainda o pecado mortal que me possuíra
Tomara
para si a minha vida. Embaça os vidros.
Ofusca
a luz.Traduz as minhas raízes.
Destrói
o brasão de minha família.
Só
não sei para onde me levará, ó morte certa
Que
de supetão retoma o baile
Nada
na minha forma líquida de ectoplasma.
E
que o viscoso sangue negro
Que
dos meus pulsos escorria, analisei
E
percebi o mal que eu plantei. Isso resume
O
trago de tragédia que bebi
E a
pestilenta sina que agora colho.
(30/06/2013
– Ijuí)
Poeta
ResponderExcluirA obscuridade do pensar é a forma frágil de expressar palavras de forma escrita , e a escrita é um ato de coragem , de revelação e heroísmo.
Vencer as próprias barreiras do eu e transformar-se a cada composição revelando o seu "eu" do imaginário e assim produzir e se reproduzir de forma poetica.
Sinto a cada poema um revelar de desejo e cada vez admiro -te principalmente nesta tua capacidade em múltiplas revelações.
Sucesso
Parabéns
Admirador