sexta-feira, 12 de julho de 2013

GLÁUCIA, AMOR

Mesmo quando Neruda não fizer mais sentido.
Mesmo quando Quintana não mudar meu humor.
Mesmo quando Vinicius não estimular a libido.
Mesmo quando Hilda não cantar a minha vida.
Mesmo quando os poetas não cantarem a canção
Não deixarei do amor, sonhando. Não deixarei a sina
Me tomar conta. Vou de encontro às rochas
Sulcando-as. Cavando túneis de anelídeos
Por entre as rachaduras do solo. E nem menos
Por isso, deixarei de tocar a flauta, cantar amores
E com Gláucia amar debaixo d’árvore sobre a relva.

E mesmo que as cantigas da formosa flauta
Sucumbirem, o meu céu será glauco, assim de nuvens
Cândidas recheado. Onde o meu olhar em ti, Gláucia
Depositará a agudeza do desejo. Mesmo que a relva esteja úmida
Venha Gláucia, amar o amor em mim! Depositar afeto!
Eu sei e, até mesmo tu sabes Gláucia, que nos amamos
E do amor, sim, venhamos provar. Pois da vida
O que nos resta se não o campo e as ovelhas?
Se não a tranquilidade de uma vida serena? Então
Depois do amor, cantemos... E o sopro do vento nos trará
O fino perfume das flores nobres: as rosas e as tulipas.


(12/07/2013 – Ijuí)

2 comentários:

  1. Poeta!
    Conseguiu trazer a essência de vários poetas e várias varaições de estilos mas com HARMONIA , BELEZA e EMOÇÃO.
    Senti na pele teus versos.
    Lindo...Lindo...Lindo!
    Parabéns
    Admirador

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