domingo, 28 de julho de 2013

DESESPERO

Por amar demais, assim, tornou-se clichê o meu amor.
E se por amar demais a tua carne, ébria e sumarenta
Que emana dos poros o puro amor do inverno
Traz-me o verão, e as outras estações do ano
Para amar e usurpar o espaço que era destinado à razão.

E o meu calculo mental perdeu-se na amplidão de meus neurônios
Que, por motivo algum, eram de ferro. Minha mente prodigiosa
Minha mente vertiginosa se fazia sol e nuvem ao mesmo tempo.

Mesmo que eu necessite de companhia para um vinho
E que desse vinho tiremos ideias para um futuro livro
E que desse tempo tiremos formas para uma pintura
A nossa vida, unida pelas notas dessa partitura, seria
A coisa mais fabulosa desse mundo. Perdidos eternamente
Na consciência de uma molécula de desespero.


(28/07/2013 – Santa Maria)

Um comentário:

  1. Poeta!
    F A N T Á S T I C O!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Cada vez mais tocante.
    Parabéns!
    Admirador

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