E assim mesmo te pareço
A casca grossa da minha pele
Um ente alado e celeste no despenhadeiro?
Amando-me a mim, mulher
Madura e eloquente, um ser carnal
Manifesto no contente, mutilado no vulgar
Solidificado na areia cósmica da lua
Às maneiras de se dizer amar, sendo.
A crueldade do passar das horas
E o crepúsculo em nosso meio indigesto.
Um tanto tonto e imperfeito
Hei de te amar na madrugada ardente:
Amando-te e sorvendo-te
O sumo do teu corpo jubiloso
Sob o meu corpo em eterno gozo.
Tem-me a mim, perto.
Raízes da razão. Sou mesmo
O poeta do solo e do entremeio.
(27/09/2013 – Santa Maria)
Poeta!
ResponderExcluirPalavras trazem a tona a razão, ilusão e as emoções da vida.
Temos momentos leves e outros pesados.
Sentimos o conflito do nosso eu interior com o eu que esta a mostra.
Manifesta aqui com sutileza tudo isso.
Parabéns.
Gostei muito.
Parabéns!
Admirador