É
A
maldita chance de felicidade, de estar feliz
(Mediocridade)
Não
hei de ser feliz, que outrora fui, mas não me senti.
E
nesse caso de doutrinas felizes, compactuadas
Nos
vícios do sangue
Fiz-me
hoje, e vos digo que não tardarei a sumir
Por
tempo indeterminado, mas ponho
Nas
palavras do dia, escrituras de vísceras e de raça.
Vejo-o
Reflexo
em espelho barato
Para,
com uma espuma barata, barbear-me.
Deixo
por sobre a cama a minha roupa mortuária.
Já
posso sentir o fio da navalha em meu pescoço, deslizando
E
percebo o sangue jorrando em cachoeira rubra cintilante.
Nada
mais faço, pois a felicidade passou por mim
Mas não
a senti.
Minha
vida é muito pouca para felicidade.
Sou
feito de material inflamável
E
nunca deixei de acender o meu cigarro.
O
sangue é meu início e meu fim.
(Ontem).
Hoje
estou seco, tardo a arder
Há
incandescência em meu sumo vital
O sumarento
líquido de minhas artérias.
Eis
que a vida passou por mim, e já me disse adeus.
(06/09/2013
– Ijuí)
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