É o
corte. O corte que foi fundo até a alma dos meus ossos.
Desses
cortes que são feitas a vida e a morte.
Dessa
maneira, amando, vi-me destruído
Não
era eu, pai da sanidade, que me vi alienado
E a
ideia de criar um ambiente para repouso
Desse
tipo, sei bem, não preciso mais.
Quando
vi os donos das vozes dos meus ouvidos
Quando
percebi que o mal que eu cometia era
O
mal que eu padecia. E que toda a agressão física e moral
Que
nela eu praticava, percebi-me, que por amor, louco estava.
Mas
de qual loucura estou falando
Se
me demoro cinco horas para cada verso?
As
palavras desconexas, alguém, dentro de mim, ditando
Eu
sabia, realmente, mas não queria acreditar.
Eles
me vigiavam, eles conversavam comigo, eles me ofendiam
Machucavam-me,
obrigavam-me a fazer coisas improprias, crimes.
E,
na carta, ela me dizia que estava presa e sem ação.
Loucura
maior... A herança e a patologia são elas ejaculações
Sanguinolentas,
viscosas e impuras, da glândula putrefata
Que,
de nós, expele o mais verdadeiro sentimento: o ódio.
Fui
morrendo. Eles não me abandonavam
Via-os
todos os dias, todas as horas, todos os minutos.
Não
adiantava trancar as portas e as janelas, eles estavam
Dentro
dos meus ouvidos, e com a alma implantada na minha retina.
Fui
morrendo aos poucos. E por final, não só eu
Mas
meu eu lírico, ele foi lobotomizado.
E
não sou eu que escrevo esse poema
É
minha alma.
(30/08/2013
– Ijuí)
Poeta!
ResponderExcluirMe deixou perplexo e sem palavras.
Superação do lirico e sucesso no real.
P A R A B É N S ! ! ! ! ! !
Admirador