É
por calamidades corpóreas (as vísceras gosmentas
Com
sangue, para fora do corpo, e o rasgo... O rasgo
Que
com a navalha ainda afiada me fiz no ventre
Por
assim dizer) que vi minha forma interna.
Vi
meu corpo em completude, modesto e escarlate
Lodo
enrubescido, meus intestinos... O verdadeiro nó
Que
com tal dor de se sentir repleto de desejo
Pude
tocar o meu próprio modelo... O âmago do humano
Senti
meu sangue coagulado em meio à imensidão da areia
Mas
com tal desejo não posso mais sentir o vento a soprar
Nessa
leve manhã de verão. Praia. Sol. Carnificina
E
nesse momento eu vos digo: Vi meu entremeio
Vi
minh’alma em corpo celestial, morte-que-sinto
E
assim, ainda vos digo caros leitores, aonde o tempo
Me levar,
o que me resta: O sangue não me diz
A
baba púrpura que agora me escorre no canto da boca
Não
me diz... E o que eu buscava, as respostas no rubro
Essas
(28/08/2013
– Ijuí)
Poeta!
ResponderExcluirAlgo em meio.... por findar?
Não concluso mas estrategicamente PERFEITO!
Parabéns
Admirador