Ao passar
do vento
Assim,
em minha janela
A lua
um tanto torta
Lá fora
Canta
a mais bela canção de amor
E foi
por ela que me apaixonei.
Lua,
tão bela tu és!
E tão
distante deste corpo degenerado
De
mente ébria
Sem medo
mais dos corvos
E dos
vermes
Habitantes
de suma importância
Em minhas
carnificinas
Deteriorados
pelo sangue podre
E depois
de tanto sugarem o corpo
Permanecem,
ainda, famintos.
É,
luar, a vida passa
E não
tarda a morte. O lobo a uivar
Outro
amante da Lua
E companheiro
meu das noites sangrentas
Onde
a Lua longínqua chora
De amor,
de saudade e de pena.
O
som oco ulula e retumba em meus ouvidos
E em
meus poros da epiderme fina
E ressecada
Sem contato
com a luz do sol
Comunicativa,
cada vez mais, com o brilho da Lua.
E essa
Lua cheia de sangue pulsando
Derramando
do céu o resquício
Desse
podre sangue amigo
Sem amor,
cuidado ou sentido.
Perde-se
na mata de meus cílios
A gotícula
marcada de uma lágrima.
Mas de
lágrimas puras e indefesas
Prestes
a se secarem no colarinho
De um
corpo seco, vivendo e evidenciando
Um mundo
sujo, a pureza dessa lágrima
Sofrida
e usurpada
Sofre,
mais ainda, por ser ela destacada
E agora
sendo dita: filha única.
Choro
com a alma o meu Lirismo
Pois
pai do amor e da saudade
É o
nosso Tempo, deixo com ele
O meu
sofrimento. E ao meu Lirismo
Deixo
o meu contentamento
O
meu tempo presente
E as
lágrimas verdadeiras e puras
De
um sonho, de um amor, de uma vida.
(11/08/2013
– Ijuí)
Poeta!
ResponderExcluirVejo o quanto te faz lírico ao escrever.
Denota um pouco mais do que acredito que você seja, mas belo, intrigante e arrebatadora a forma de tua expressão poética.
Continue nesta estrada maravilhosa do lirismo, da poesia e principalmente da escrita. pois teu potencial se aprimora a cada nova produção.
Apaixonante ler o que você escreve...
Continue sempre...
Admirador