sábado, 10 de agosto de 2013

ANALEPSIA

Anestesia.
Doses cavalares de soníferos agudos.
Maldizeres de um amor passado.
Crônicas da passagem do tempo.

Febre.
Suores ao por do sol.
Cansaço, dengo, afago.
Um som abrupto, repentino.
Ao ouvir a nona sinfonia de Ludwig Van
O êxtase extremo de um orgasmo infinito.

Dores.
Tosse; escarro rubro de sangue novo
O vermelho de uma bandeira à liberdade
A foice e o martelo.
O dom de se fazer presente na revolta
Dos neurônios de seu próprio cérebro.

Manchas no corpo.
A dor da perda do amor
Pela dor da perda da batalha.

Um ser morre, mas
Noutra aventura de vida, ele renasce.


(10/08/2013 – Ijuí)

Um comentário:

  1. Poeta!
    Admiro a capacidade das múltiplas ideias "inspirativas" as quais tem revelado nas últimas produções.
    É sedutora a forma como desperta o desejo de ler cada vez mais o que escreve.
    "Anestesia.
    Doses cavalares de soníferos agudos.
    Maldizeres de um amor passado.
    Crônicas da passagem do tempo."...

    Isto foi DEZ!
    Admirador

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