Confesso
a ti, ó Lua longínqua, o meu sentimento
De repudio
aos olhos vis e impuros de quem eu amei.
Confesso
a ti, ó Lua plena, o meu anseio
Que,
o podre, o excedente de meu tubo digestivo
Regurgito
tudo por cima das fotos de quem eu amei.
Confesso,
também, a melodia melosa das harpas
Tocadas
por dedos tão mesquinhos, que do manuseio
Já tão
calosos, vejo, ó Lua, que o amor é um sentimento
Tão perverso
e irreal, que nos oprime, castiga e urina no final.
Deixo
aqui exposto esse ato de revolta automática
Pois
sei, também, que meu corpo será do solo
Onde
vermes famintos o roerão e a podridão toda
Do
amor, que em mim habitava, sucumbirá, então:
Sofrer
é um ato humano. Ser feliz não.
(12/06/2013
– Santa Maria)
Poeta!
ResponderExcluirAdmiravel a forma criativa com que fez num crescente exposição de ideias e sentimentos conflitantes.
Parabéns! Parabéns!Parabéns!
Admirador