Amor...
Simplesmente vejo o Amor
Em
minha janela lunar as fases da lua.
Esse
tal Amor vem e me diz:
“Nunca
mais!”
Assim
como o Corvo de Poe.
Nunca
mais Amor, nunca mais além de dor
Sofrimento
em forma de verme e corvo: roendo corpos
Já em
decomposição.
O
Amor que em mim, outrora, elevava a alma
Acalentava
o sentimento de vida.
“Vem
Amor!”
Suplico:
“Leva-me!”
Mas
ele, de longe, repete:
“Nunca
mais!”
Nossas
loucuras noturnas regadas a álcool.
Cubos
de gelo polar, roubados de uma geleira tão distante.
O
vidro mesquinho dos copos quebradiços
Trincados.
O álcool corruptível, contido em garrafas superficiais.
“Nunca
mais!”
Nunca
mais a minha carne tocará a carne do corpo de outra
Assim
como não completará, sim, “Nunca mais”, a carne do corpo teu
Amada.
A
minha carne, o meu corpo, deixado ao solo
Para
os vermes necrófagos, o corpo, servir de alimento.
Banhado
em sangue, um bálsamo antigo
O
meu ser morto e podre para o Amor dirá:
“Agora
sim, Amor, NUNCA MAIS!”
(11/06/2013
– Santa Maria)
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